Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sábado, dezembro 26, 2020

lembro-me de erguer o olhar p'ra ver
A rua que à minha frente subia
até ao largo com nome de um poeta desconhecido
-o seu nome envolve grito-
fazia-me gritar por dentro na espera.

Olhava p'ra cima
esperava que ela descesse
esperava, esperava, esperava
chegava
e eu sorria.
Nc dei valor não instintivo a esses momentos
Hoje, tão longe e sem os ter,
Recordo-os saudoso
nostálgico como só a idade permite.

Tento iludir o que sei certo
agarrando-me a nadas que me dão
e julgando que alguém mais me pode dar
o que sem pedir sempre me deste.
Sou uma criança
sou tão mais novo que tu
- mulher feita pala vida que custa pisar-
Precisava de um sim ou de um não
nunca o vendo nos gestos que me deu
e insisto, sem pedir.

Cresci em tão pouco,
tu mesma o disseste,
mas não deixei tudo o que havia.
Não te digo o que há pois já o sabes
mas se houve o que acho devias perceber-me
ou tentar, por assim dizer, fazê-lo.

Tanto tempo passou desde que te disse não
(Faz +/- um ano(
tu dizes que esqueceste
que bebeste essa memória.
Não acredito em ti.
Na última vez que te vi
(que talvez seja a derradeira)
Perecias querer ouvir a prova de que estava mudado
mas isso não ouviste.
O que seria?
Esquece,
já sei que há perguntas às quais tu não respondes
- por conforto prefiro não o lembrar...
Mas o que seria?
O que querias ouvir?
Sei que já quiseste e sinto-o
eu quero ainda e vejo,
cada momento
contigo a meu lado
- faria tudo mais sentido.

Fui tão fraco
fui tão criancinha
entreguei-me a caprichos ao primeiro desconsolo.
Testaste-me
e tiveste
a resposta que não querias.
Percebo o teu ódio
(Aquele que a outra promovera)
que além do não é do pouco que me traz arrependimento.

Nc tive medo de ti
só tu me davas tranquilidade
Tinha medo do que por ti sentia
e achar que o mesmo não teria de ti.
Sejamos sinceros,
Nunca precisei de dizer aquilo que és
(tu sabe-lo melhor que ng)...
A minha cabeça tão mariquinhas
do tipo tenham pena de mim
-tantas vezes mo disseste-
era incapaz de aceitar algo
que se calhar havia...

Faz um ano este mês
há cerca de um ano disse que não
atravessado pela cafunice dos meus gestos
E, desde aí, tudo foi mudado
Não somos os mesmos
mesmo que o mesmo haja em nós.
Foi há um ano
agora é que lamento.