Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

domingo, fevereiro 23, 2014

esta vai para a A.M. um presente de aniversário atrasado. Não porque quis; estava a 6 horas de distância.

volto a escrever-te caríssima desta vez me sai
por reflexo e noutra p'la memória que me criaste,
o medo da insignificância, de não servir. PArece-me,
ao menos que escrevo por um motivo distinto dos outros.
Ataco-me neste versos mais americanizados, básicos
se preferires que eu vá directo ao assunto, aparentemente
irrelevante face todos os tabús que ficaram por falar.

Exijo dela o que de mim não exige, por confiança,
ou outra merda qualquer mais simples que explica
porque nós, adultos, nunca deveríamos governar
o mundo que consumido só acaba por nos consumir.

Está longe como tu estiveste, como não soubeste estar.
Vejo-a com os cortes que uma largura de banda limitada
impõe a uma conversa que o meu pai não tinha quando estava
num oriente mais ou menos médio enquanto eu crescia.
Queixo-me por hábitos por parvos, por as conversas
as que tínhamos, serem intervalos de outras coisas
que fazias, eu não via, mas sentia no corpo que me doía
e eu vomitava.

Talvez agora vomite mais uma vez. O corpo sabe do que precisa.
Mais que a mente que o recalca, que por ter cú tem medo.

Agora que penso nisso é a posse que fode tudo. A vontade
ou o sonho se preferires de ter uma pessoa sempre a nosso lado.
Vejo-te com outro, noutro lado e só quero que sejas feliz
que tenhas tudo o que eu não te dei. Tenho-a e só penso
na minha infelicidade. Parvamente, sei-o; deu-se o mesmo contigo.
Entre reuniões, momento em que me distraía dizia a mim mesmo
que nunca havia gostado assim de alguém. Lengalengava para crer
Como quem reza para influenciar o mundo em coisas mais pequenas
que conflitos armados ou a fome em áfrica. Agora é de outra
a minha vontade. Escrevo para ti. Não quero ter o mesmo dela.

II

Hoje vi duas americanas boas.
Eram pessoas.
Não me interessa.
Ela espera,
beto ou não
por mim. 

sábado, fevereiro 15, 2014

no dia de são valentim acho que escreve sempre alguma idiotice.

As americanas não me dão tesão.
Não. Ainda não vi nenhuma não
que me arrebitasse a
picha.

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

No Texas há cows, se literalmente traduzirmos, há bois que as comem. (propositadamente com erro ortográfico)

Parece-me que quando há motivos para registar o que me rodeia,
o que até é bom, é quando menos me esforço para o fazer. Não sei,
nem sei se deveria saber, mas também que importa, é só mais um dia.
Guardamos no papel sempre só o pior de nós, como se a sua eternidade
ou aquela que o papel permite eliminasse uma vergonha por lhe dar forma.

A maior parte das vezes que escrevi foi por motivos que me pesaram.
Também escrevi feliz, principalmente enquanto as seduzia, as conhecia,
criava o espaço que, mais cedo ou mais tarde - ou então nunca- viriam
a ocupar por mais ou menos tempo. A. M., L.B., A.P., R.R., LC, sei lá mais quê?
fico-me a  VR e persiste.

Mas depois parava como se tudo o que tivesse para dizer só a elas pertencesse.
Depois, noutro dia, tudo acabava. Escrevia mais uma vez. Era um ciclo dos
que só termina
quando de facto se termina
quando termina
termina.