Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sábado, maio 18, 2013

outro.

Batia uma punheta. pouco minutos depois
apareceu no facebook um vídeo
do casamento de uma que ficou pelo caminho.
da altura em que nelas não tocava. Evitava
confusões com homens que se casariam.

Desses que passaram por mim, pela minha vida,
que estudaram o eme bê à. Que foram para NY
Boston, chicago, paris e/ou singapura. poderia
eu talvez ter mais daquilo que tiveram. Talvez um dia
olhem para mim como a certeza das escolhas deles.
Talvez um dia olhe eu para eles com o mesmo olhar.
Não sei. Só vejo que as metas, as que a maioria assume
como as relevo, grande parte delas eles já passaram.
Aparentam ser felizes enquanto eu batia uma punheta
há pouco. numa casa só. com papel para pintar numa parede
que parece ser cada vez maior apesar de igualmente pequena.
Não passo da parede, não passo da parede, da parede
não passo não. mais que no tempo imposto acredito
que com tempo surge o necessário, o certo. Certo estou
que a maioria se faz o que faz ou fez o que fez obrigada
estava por acreditar em sonhos herdados. nenhum coitado
só consequências com formas bastantes distintas.

II

A forma conhece-se à partida, mas as formas distintas
apesar de a fôrma ser a mesma, só sendo vistas
é que se garante saber a sua existência.
Digamos que a ideia nunca será apreendida ou conhecida por completo,
temos pequenas noções. Sinto que pequenas noções tinha
até que ela pequenina, me surgiu à frente.
Era diferente, apesar da forma, variações subtis
faziam a diferença.

Começa-se talvez um momento que não culmine antes do
que se referiu no ponto I deste poema. Não me obrigo a nada
simplesmente tudo sabe a mais certo.

terça-feira, maio 07, 2013

Blanca, murcia, com V

I

O balcão está virado para a rua.
até hoje tive de entrar. Um inédito.
Mais um.


II 

Do passado perde-se o que deixa
De fazer sentido. Preserva-se o resto
O que se, pudermos, há de se repetir.

Esquece a merda, so limita o bom.
Nao tens de cair sempre que fazes o pino
Ou outra coisa qualquer que a alegoria
A que usei antes representa.
Somos cães amestrados pelo sino
Há frequência e há frequência sabemos
Isso se nao formos tontos; mas tontos
Somos todos desde que de alguém saímos.

"Nao facas isso, vais-te magoar
Como podes partir, vou chorar
Vais-me deixar? Nao quero que cresças
Essa pessoa é má para ti
Faz mas não assim
Deixa que eu ajudo"

E o mundo tem bArreiras verbais
Frases de betão armado
Trelas de suposto carinho

Quero estar sozinho! Porra.

Nunca deixei o carrinho que me empurrou
O mesmo que empurrou a minha irmã
O mesmo que os meus primos levou.
O que se travava em ruas inclinadas
Que levava a merenda por baixo
Que pouco a pouco deixou de nos servir.

Já anda ele já anda mas tem medo de cair.
O carrinho está ali está ao lado,
Temos de ter cuidado
Nao se pode machucar
Nao nao vais chorar
Vais dormir a andar
Empurrado pelo que te antecedeu.

Ate esta cerveja sabe a papa de aveia
E a cerveja é feita de malte e lúpulo
Como todo o mundo sabe nao sabe à primeira.


 Volto volto sempre a bater na mesma
Tecla de um piano desafinado pelo tempo
Pelo que mais ou menos vi.
Estou sentado num balcão virado
Para uma rua entre outras
Com nomes de pessoas
Que para a minha fronteira
Entre tantas outras
Nao importa.
A escola ao fundo ensina
Mas só parcialmente o mesmo.
Até a dor aqui há de ter outro som.
O herdado teve vitorias
Que foram as minhas derrotas
Aljubarrota para eles é uma vergonha
A música que toca para acalma-los incomoda
A minha pessoa que deveria ser como eles.

A manteiga nao tem sal
Chama-se manteiga na mesma.

Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiii aaaaaaaaaaaa eeeeeeeeee ooooooooooo uuiuuuuuuuu
Até a tristeza é aberta