Ja não te consigo desenhar
Por mais que ventura me enoje
E por mais que aurora me ponha saudoso.
Fomo-nos tão devagar quanto Ulisses
O cabrão que nao queria voltar a casa
O mesmo que deu o nome a Lisboa.
Nunca quis que me lesses.
Que sentisses nos meus versos a a a a dor
A que detestas todos os dias sente.
Queria-te como hoje bem.
Desprovida de rimas bacocas
De gente maior que eu mas mais imberbe
A que tem a segurança dada pelo estatuto
A mesma que te fodeu antes de mim.
Caga para os livros que nada te dão
Quem escreve tem mais tempo do que lê
E nao perguntes porque. Ouve as palavras.
Ou vê o que é teu.
Este o outro e o ultimo antes deste
Pelo menos, te digo eu certo como odeias
Por mais que certo eu esteja
Diante ou por debaixo de ti.
Mas nao te desenho. Nao conheço o teu rosto.
Aquele que me davas sem saber
"Cantado, o iPhone nao permite tipos,"
Que não Sejas como foste para mim
Que sejas como eu nao quis
Como eras quando me olhaste
Como eras quando me deixaste"
E ate esta metade de mim e melhor
Que o dobro de todo o antes e depois
E mais nao digo porque nao sou de pau
Nem quero ser porque o pau arde
Desde que te foste que tenho frio.