Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

segunda-feira, dezembro 31, 2012

Ensinaste-me a dançar de novo
Que o kafka era um cão que o alcatrão
Era a ravina de um phyton que caia
Que o mijo serve para mais que as frieiras.

Subentende-se o resto, mais difícil
De entender por estar em mim.
Nunca me expus sem ser obrigado
Duvido que o faria. Até os olhares
Cada um deles exigiam que o chão
Somente aquele chao
o que foi queimado antes
Me encarasse por entre todos
Todos os que me olhavam.

As mascaras que temos, de que servem?
Para além de confirmar o nosso gosto
De nos obrigarem a ponderar os gestos.
Todos aqueles que concretizam
Deado o mais estúpido ao melhor de nos.

Abanava violentamente a cabeça
Subtilmente coordenada
Sujeita ao movimento do resto do seu corpo.
Leve por consciência tornado pesado.

O peso nao interessa tanto no momento
A velocidade é que é exponencial
Leve mas rapidamente imposta
A história aparenta ter outro peso.

Com desconhecidos nao tenho medo
Partilho assumindo que ali nao volto.


sexta-feira, dezembro 28, 2012

Só quem sabe magoar-me me toca.

Agora pergunta o autor para onde vou

O copo já se esvaziou
Estou num canto sozinho
Se tivesse um instrumento
De que me serviria?
A minha poesia nao pede
Nunca pediu
Complementos.
Tenho tanto para dizer
Alguém há que me ouça?

Que merda de começo
Nem a alusão ao álcool
Nem isso nao é triste
Existe alguém que eu sei
Tem de haver. Neste canto nao
Eu nao encontro

Es um monstro ó
Fogo já estou farto de tudo
Eu luto e pago mais um copo.

Se quiser fumar eu fumo
Se quiser beber eu bebo
Eu pago tudo o que consumo
Com o suor do meu emprego.

Ate o zeca me vem á cabeça
O do pagode o outro é comuna
Vermelho das utopias parvas
Maioritariamente alentejanas.

Acho é que vou para outro lado
Estou cansado do que já vi.
A russa tesuda saiu
A mesa que importava
A única desfez-se
Tentar nao ser eu próprio
É tao meu quanto assumir
Que, independentemente da hora,
A que saio é cedo que volto.

E vou-me perdendo
De lento modo
De vontade estrangulada
Pela minha indecisão.
Nao volto deparo-me
Com as portas fechadas
E só a minha porta abrir.

Para onde vou a seguir?
Nem me pergunto
Aceno os euros
Debito um destino
lamento a escolha
E aceno-os de novo.

És ca um tonto
Tens é guito.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Arrepia-me, por gostar e associar a esta cidade, tal como o cheiro a mijo na calcada que também lhe é própria, o som dos estendais a serem puxados carregados ou descarregados. É so dela, de mais nenhum outro lugar.