Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

quarta-feira, outubro 24, 2012

de cada vez que em ti penso,
porque não te falo, estremeço
muito mais que sorrir.
Imagino uma banda sonora
nunca só minha nossa
apetece-me dançar
contigo não outra vítima
da minha necessidade
parece que esta cidade
não pariou
outra com o meu ritmo.

terça-feira, outubro 23, 2012

Para ti a.m.

Ja não te consigo desenhar
Por mais que ventura me enoje
E por mais que aurora me ponha saudoso.
Fomo-nos tão devagar quanto Ulisses
O cabrão que nao queria voltar a casa
O mesmo que deu o nome a Lisboa.

Nunca quis que me lesses.
Que sentisses nos meus versos a a a a dor
A que detestas todos os dias sente.
Queria-te como hoje bem.
Desprovida de rimas bacocas
De gente maior que eu mas mais imberbe
A que tem a segurança dada pelo estatuto
A mesma que te fodeu antes de mim.

Caga para os livros que nada te dão
Quem escreve tem mais tempo do que lê
E nao perguntes porque. Ouve as palavras.
Ou vê o que é teu.

Este o outro e o ultimo antes deste
Pelo menos, te digo eu certo como odeias
Por mais que certo eu esteja
Diante ou por debaixo de ti.

Mas nao te desenho. Nao conheço o teu rosto.
Aquele que me davas sem saber
"Cantado, o iPhone nao permite tipos,"

Que não Sejas como foste para mim
Que sejas como eu nao quis
Como eras quando me olhaste
Como eras quando me deixaste"

E ate esta metade de mim e melhor
Que o dobro de todo o antes e depois
E mais nao digo porque nao sou de pau
Nem quero ser porque o pau arde
Desde que te foste que tenho frio.


quinta-feira, outubro 18, 2012

Se falasse na tabela passaria do 2 periodicamente.

ao titio hh. já li um hei-de ler mais. Hoje falei-te não sei quando ofarei de novo.

Falemos de casas. não de paredes.
o elemento comum não cria a diferença
por mais que  cor varie ou a altura.
Falemos de mossas, as que criámos
as cicatrizes que vão para além de nós,
os copos que arremessámos assustados
quando as palavras deixaram de servir.

Falemos do medo, das trincheiras que escavámos,
das palavras que soltas deixaram de se sentir.
Da necessidade constante da fuga
não do outro mas sempre do que fomos
do menos com menos não dar neste caso mais.
Paremos por um instante nesta ideia.
Prolongue-mo-la por anos, digamos que 3.
Assumamos, os dois, que o tempo só amadurece
que torna a maldade obsessiva.
E esqueçamos a poesia que nos seguiu
merda sem cheiro porque não se sente.
e pensemos por instantes no que temos.

Hoje sorrimos, falámos, perguntámos
pedimos as desculpas que o interesse assume
fomos mais do início do que do fim.
punhas caralhos nas mesmas frases de outrora
agora sem precisares do alcool que vertíamos.
Eras o que me olhou e olhei de volta
o que o medo, o há pouco referido, anulou.
Passava o chapeu de chuva pelos dedos amplos
moldados pelo que te sucedeu e que deixaram cair
um gesto tremido, necessário. o cigarro
não tinha espaço com a meteorologia.

Continua como eu ensinei a trepar as paredes
as portas sem medo, com a idade, sem mim.
continua tudo por mais que tivesse acabado.
As paredes são as mesmas mesmo que descobertas
abertas pelo tempo que passou e que as sujou.
A rima existe por mais que seja evitada
o ritmo não é indiferente ao tom
e os dedos mesmo que pisados batem o mesmo
o medo sempre foi a razão de tudo.

Antecipávamos conclusões precipitadas
Atrámos pedras a possíveis pecadores
Simulámos discussões sem nexo
Testámos a estrutra face sismos inexistentes.
E seguimos lentamente o nosso caminho
enquanto pudemos de mãos dadas
as mesmas que apertámos com veemência,
por demência cada vez mais forte.
Os limites foram sempre expadidos
queriamos ter a certeza do que já existia
a refutação é sempre o mais fácil argumentário
qual paradigma qual kuhn ó caralho
(até já te cito sem o querer ou pensar).

Falemos de tudo, falemos de nada,
de nós da gata de um dia que deixou de haver,
como hoje depois de tudo, como no início.
Sem os tabus que pelo meio inibem.
Falemos.
porque um dia havemos de nos ver.