Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sexta-feira, agosto 31, 2012

A casa. O país. O herói depende do cenário.

Regressei com o jet lag próprio de uma viaem demorada, e de alguém que tem mais centimetros que a média para um voo directo e a horas madrugadoras. A mente trabalhava a um ritmo diferente que a dos que me rodeariam, os meus olhos veriam o que antes não repararam e só por isso as conclusões seriam outras se não fossem completamente novas.

Tudo estava no mesmo sítio, as pessoas não mudaram, nem o espaço que preenhciam. O tabuleiro, no que diz respeito à sua disposição, não surpreendia, nem as peças que continuavam as mesmas no mesmo sítio. As regras do jogo é que tinham mudado, ou eram melhor percebidas, à luz do que eu vivera no meu exílio neo-clássico com contactos por viciar e aparentemente, ou linguisticamente, ingénuos e inocentes. Parecia-me mais óbvio a disposição de todos os elementos.

I - Ou se preferirmos outro número qualquer, o que importa é aquilo de que falamos, o título pode ser o que melhor o enuncie.

A pátria, a nossa, a de um indíviduo,
tem mais que um tempo. Na génese
impõe-se a tristeza ou alegria comum,
no presente o que conhecemos,
ou que vivemos um por um.
No futuro o que acreditamos.

Os cheiros, as cores, os prédios.
As ruas, o rio que se tem ou não,
O que a apátria é está nas mãos
da memória de um-por-um.
Talvez não mais que a língua nos una
porque até essa é usada de forma
distinta mesmo com regras comuns
partilhadas por graus distintos
do recurso correcto à gramática
à semântica e à sintaxe.

Já me cheira a Lisboa, já me dói
a barriguinha, a bexiga e a cabeça.
Lá está outro gajo que comenta
a minha forma de vestir. Um taxista
que larga caralhadas constantes
Ou outro que se acha com graça
A forma de vestir encapsulada
na necessidade de ser alguém
um doutor um senhor engenheiro
ou arquitecto ou outra coisa qualquer
que anteceda o seu primeiro nome
que mostre DESDE DE BEM LONGE
que não é um senhor qualquer
porque ser nobre vem do sangue
e os burgueses só acreditam nisso
se o santo espírito fizer parte do nome.

Idiotas. que acreditam que assim
são mais do mesmo. Comprassem
quintas como os heróis realistas
e que as esfregam na cara do senhor
de quem os seus pais foram caseiros.
Pelo menos investiam e produziam
algum ou algo mais do que hoje.
Mas não, todos eles querem é pensar,
Mostrar ao mundo que sabem mais
sendo a bitola, por causa deles, menor.

Já me cheira a Lisboa, e não a mijo.
Ainda não fui ao bairro que do alto,
parece uma latrina pública.

II - o que surgir.

domingo, agosto 26, 2012

Toca um house manhoso, daqueles que nos fazem lembrar que o verão
Por mais que as responsabilidades
Contradigam, ainda não acabou.
Reafirmam cada uma das quecas
Sem qualquer significado ritmadas
Por compassos naturalmente simples.

Os pássaros fazem-no, as abelhas
Até pulgas bem criadas e holandeses
Voadores ou não. Involuntárias
São somente as exigências
Aquelas que atípicas da estacão,
Surgem quando um dos lados nao
Ouve a mesma banda sonora que nos.

1 2 3 4
1 2 3 4
1 2 3 4
1 2 3 4

"I feel love...
I feel love..."

O ritmo é o mesmo mas tocam outra
Coisa qualquer que o bater do pé
Só muda se decidirmos pensar.
Outra, pumba, outra, pimba, viva
Ao grooveshark e outros programas
Preditivos da escala humana tanto
Ao nível de gostos, como de referências
E de outras exigências ditadas
Por leituras em voga, cosmopolitas
Ou por ibiza ou outro destino bacoco.

1 2 3 4
1
2
3 e
4

1 2 3 4

Esta parece ser melhor, ao meu lado
Acompanham-na com assobios
Palavras soltas que soam quase quase
Igual ao original do artista, mas
Paradigmaticamente helénicamente adaptadas

4

3

2

E e e e e
E 1
E 2
3
E 4

Entra um coro feminino desesperado
Diz que esta fresco, assume a postura
E dura e dura até algo aquecer, a fervura
Marca mais que a coxa de um poltro
E o pescoço é sensível a dois tipos
De apertos, respiratório e sanguíneo.

E 4

Voltamos ao inicio, e nada mudou
Só o eléctrico som que rufa
O mau gosto que percute,
Duvido que mude mais que isto.
O ritmo do verão que apesar
Da obrigação sei que nao acabou.

2

O problema de começar ferias a meio do mês
Das ferias claro
É que quase todo o buraco apaixonado
Está e preenchido.
Sou mais pequeno que as minhas pernas e, apesar de elas serem compridas, sao menores que qualquer pessoa adulta. Sou um imberbezinho. Assustado pelo quero Ao ponto de nao acreditar no que me dão e, consequentemente, em mim por mais triste que eu saiba que esta atitude seja; nunca me ensinaram a sonhar, nem me recordo dos meus sonhos, por mais agitado que a aplicação do iPhone diga que ele é. Como ao tio Bernardo seriam só pequenos, por nao serem impossíveis que me magorariam, mas nem de ser César nem de soldado raso eu sonho. Quedo-me por dar um aparente rumo à minha vida como faço com o que escrevo ou Pinto, desculpando o obtido, se for mau, ou enaltecendo-o, se for bom, pelo processo cobarde que descrevi. Nem aquelas com quem me relacio-no escapam a isto tão triste que sou, surgem e tenho-as ou nao, nunca me importando, ao contrario do que pensam quem me acusa de ser manipulador. Acabo ate por destruir o que imagino ser algo a ter no futuro, que por sorte assim se mostrou na consequência dos meus actos.

Sou mais pequeno que os meus actos, que o mu cérebro que limito a usar para comer sem gosto a destruir quando nao é para comer, a nao ser o que sou quando o posso.

Mas o que quero, o que quero afinal?

1

Dá Deus nozes a quem nao tem dentes, eu tenho mas não os uso porque nao sei que nozes quero trincar. Ou se sei tenho medo de partir os incisivos quando sao os molares que as abrem, a isto chama-se cobardia e, qual mãe romana que nao sofre, nao quero dar a mim mesmo motivos de desgosto - mater tímidus non pleurat- podia ter sido o que quisesse desde que o demonstrasse aos meus como um caminho lógico. Sempre fui bom no que fiz mas só o fiz porque era empurrado nessa direcção, nunca tive gosto em nada e ganhei o hábito nao o gosto nisso. Passados anos nao sei o quero por mais que eu possa ter; sei-me esperto, achava-me feio agora dizem que sou bonito, achava-me uma besta dizem-me que sou bom e etc. e tal. Evitava estar com o que queria, como a russa a católica e a alemã, estive com a actriz, esforçou-se mais, nao desistiu, mas depois fugiu e magoou-me vezes sem conta e voltei a ser o mesmo só que com ela tinha consumado, tinha prometido tudo e, como nao sou de mentir, nao voltei atras por mais que me dessem, outras, claramente o que eu precisava. Acreditei no amor ou noutra merda qualquer, desculpei com vícios, com taras, dom patologias e tudo junto. Nao vi com a única coisa que eu tenho de bom e acredito; abdiquei do que eu queria e agora sou ruim ao ponto de ferir o que quero. E o meu lado é só uma pequena parte de mim, por mais que arraste o resto.

2

Chega de baboseiras.

Perco-me nas coisas pequenas
Cada uma delas a que me dou
Medidas que sao por mim
Descrente desde o dia em que sou.
Apetece-te olhar para ela
Porque te escondes entre os ombros
Tão pequenos que tens
Crês que sao maiores que outros?
Vives na recorrência de um engano
Por mais que tentes nao o desculpas
Nao fales de pais é auto induzido.

Tou farto tou farto de mim
Agora que estou aqui
E nem sequer falo grego
Moderno ou clássico
Parece-me que penso
Um ao poucochinho mais.

Chego as mesmas conclusões
Mas um pouco mais aprofundadas
Caraças, tenho tempo
E já perdi bastante com merda
Com merdas, com nadas.

Já passa,
Daqui a nas dormes.

3

O álcool potência o que se sente
E nao import quanto tempo dura
Só o sóbrio elimina por consciência
O que e certo por um dia

Ou um cabrão
Mas esses nao interessam.

4

Bebo e digo
Nao bebo e nao faço
Com um bagaço
Somos dois.

4

A menina bonita desta lado do bar,
Fode mais que o irmão que nao fode
Por mais que queira ou tente bêbedo.
Bêbeda todos lhe saltam à espinha
Que maravilha ser mulher.

Do outro lado outra trabalha,
Coitada para caralho, uma questão
De vistos aparentemente
Limito-me a supõr pela nacionalidade
também fode mas pela fisionomia
Ou talveZ por outra coisa
Prefiro esta a outra
por consciência a casa limpa.

5

Já tou quase sem cigarros
Sen tabaco só escreve
Quem eu sei que nao vive
Como eu quando era bom.

O som é de partida.

7

Diz a tristeza que o mais triste é quem nao encara o que quer. Tem o catalisador da cobardia ou da impotência que só culminam em duvida ou em algo pior.

Sao tristes os que sao como eu.

8

O templo tem oito lados,
É circunscrito pelo que assegura
A mesma distancia que é um raio
O que suporta o resto também
É o mesmo em metros
O que é ninguém o sabe
Quem sane não partilha
Esperam o mestre que o diga
Como dizem as historias
Que em crianças esquecemos.

9

Mais forte que o forte
É quem o compra
Mais esperto que o esperto
É quem o contrata
O tempo passa
Só muda a montra.

10

Assume a forma se quisermos
Do profano e do sacro
Cipriano em dois estados
O caminho a que nos dermos.

11

Mais nao digo
Sem régua e esquadro.

12

Apagar o cigarro custou-me
Mais por implicar uma despedida
Do que o maço estar vazio.
Só largava bafos tão tristes
Como o que de min expurgavam
Era altura de ir
De voltar
Talvez volte com os copos
Os que me fazem dizer algo.
Os dias sao fúteis quanto as idas
Ao facebook à procura se sentido
Imposto pela vida dos outros
A que preenche o nosso sítio
Sem qualquer esforço nosso.

Podemos perder tempo e supor
Por canções partilhadas gostos
Ou com mais esforço estado de espirito.
O egoísmo elimina qualquer pergunta
Mas também quem as espera hoje?

Hoje apeteceu-me revisitar o passado
Ver o estado ou a capa dela
O pouco que achava ser-me permitido
Mas já nem a isso tenho acesso,
Nao comento, também nao poderia
Independentemente do bloqueio,
Tem uma conta relativamente protegida.

Restam-me como antes as memórias
E talvez a que tudo justifica.

2 - head on - fatih akim

Nao sei se é um ditado grego, mas podia
O que mais queremos é o que mais dá
O que mais queremos é o que mais tira.
Eu já sabia
mas foi um turco em alemão que o disse.

É triste como tudo o que importa
Independentemente do uso do pretérito
Ou Das situações conjuntivas
Aquelas que pouco sabem conjugar.
É triste simplesmente triste
Como o cansaço que alguém exagerou.
E é sobre isto que se escreve
E é isto que suja o papel
E é isto que se filma
O resto, o bom, vive-se
Porque é ainda mais triste
Deitá-lo para o lixo
Nao lhe valem os 3 r's.

2 - lista de casamento

Uma vez fiz uma lista, um enxoval
O que queria presente nao oferecido.

sexta-feira, agosto 24, 2012

Só a ti lamento ter magoado por uma decisão aparentemente altruísta mas de conclusão triste. Até sabes que te escondi nas minhas limitadas etiquetas do gmail, o dela com o seu nome o teu como piadas por eu ter mau gosto.

Escrevi-te mais do que imaginas. Li de ti barbaramente hoje. Vi alguém parecido á distância de um dedo mas diferente por não poder tocar, perguntaram-me quem era aquela que não eras tu; linitei-me a explicar quem foste que foras a primeira e única me ver chorar da maneira que só a minha irmã ouviu entre as cabeçadas a que eu sujeitava a minha cama. Sou um estúpido, e agora escrevo-o sem sequer lacrimejar do hábito que já tenho.

Não és a mesma, vejo-te feliz como nunca te fiz como te deveria ter feito, como me disseste e escreveste que me farias.

Obrigado por me teres mostrado o que sempre precisei e ainda hoje preciso., desculpa-me pelo que recebeste de mim.

quarta-feira, agosto 22, 2012

Tudo começa com uma linha
Um Vicio ou um texto ou outra
Merda qualquer que uma linha
Ou um risco exija, mas merda
Pará tudo isso pequeno.

O sol nao se ergueu ainda
A costa ainda é alumiada
Com tons tão pouco humanos
Quanto os os que os criaram.
E o tabaco, por bos enrolado
Ameaça acabar daqui a pouco.
É tudo um jogo e pouco ficam de pé
No fim de tudo que conhecemos.

Vem até mim tio alvaaaaaaaaro.

Reclinasse-me na cadeira
Fosse ela de reclinar
A altura da-lhe a instabilidade própria,
Os olhos mais vêem por o corpo
Pouco ou nada se poder mover.
Entretem-se os outros todos
Quanto os dedos que sei possuir
E invejo-os por nao me mover
Nem inebriado pelo que carrego
Como eles ou entre eles.
Nem fugir consigo porque nao há
Outro lado que nao este
E triste sou por alternativas
Aquelas com que Meco o que me resta
Nao me restarem.
Sou fraco
Estou fraco
Mais consciente que os outros.

2 - o tio da o mote

Nao percebi grego e escondo-me
Por entre cada palavra nao entendida.
Desculpa nao há melhor para a ignorância.
Rio-me como uma criança
Brincasse como ela e distraísse
Cada um dos meus medos com peões
carros de latão e argola plásticas,
Ao invés do que pago para beber.

Eduquei-me mal. Fui mal criado
Por mim tive nadas que importaram
E marcado estou por cada uma das minhas
Por mais pequenas que sejam
Decisões aparentemente grandes.
Vou-me con mais um trago
Fui até o ter tomado.

terça-feira, agosto 21, 2012

Outro

Na Grécia nao há cães vadios na rua, os gatos comem, por agilidade maior, tudo o que acaba no lixo.

sábado, agosto 18, 2012

Grécia take 2

O que mais me irrita na minha condição e a infantilidade com que me afasto de tomadas de decisão. Hp

Dinos christianopoulos

Pouco importa, nem a poesia, nem o dinheiro que contamos numa questão de bebidas possíveis ou rendas que a partida justificariam independências momentaneas. Nada importa neste instante, bebo uma cerveja chamada fix como se de um fix precisasse. Estou sóbrio tenho consciência de cada uma das minha extremidades, dos meus medos, do que sou; poderia mentir a mim mesmo e ir atras de mais um sonho ébrio mas já nem isso faz sentido.

Apetece-me chorar ou mostrar ao mundo que tenho essa capacidade, mas que importaria? Quem entenderia o meu português bacoco nesta ilha? Fico num canto e fixo o que ontem fez sentido e que faria se como ontem estivesse, e perco assim mais um mais um dia sem descanso e sem o sol que tanto preciso.

Dançam coitadinhos dançam ao som de uns gregos quaisquer.

1

Era um dia tão parco como outro
Qualquer se bem me recordo
Era somente composto
Por gregas malandronas
No nome e talvez na atitude.
Entre tragos apercebia-me
De nada porque nada mais havia.

Nao chores rapaz, malakis
É a puta que te pariu.

2

Tivesse a coragem que tenho para o nada para tudo o que aparentemente importa. E ter concluído isto já justificou a minha viagem a grécia. Das poucas veZes em que. Fiz gestos nessa ordem ela ficou incrédula face os meus Cariocas de limão por nao terem Gin e as minhas flores que nada pedim de volta

Estorias que perfazem parte de um dia

3

Era tão tarde como o relógio apontava,
As almas saíam a rua tristezas
Os barcos ainda nao chegavam
A nenHum lado. Talvez tristes
Os que neles iam pwrnoitavam
Em aguas mais deles do que d'outrem.

Sao horas de dormir rapaz
Sao horas de dormir.
Horas sao.

Mal m lembro do que disse.
Tinha olhos bonitos
Apetecia-me fode-lá lentamente
Como se a respeitasse por cad segundo
Cada mun deles a mais.
Sou um romântico estúpido
Cada vez máis sei o que sou
Nao vou sair deste sítio.

4

Se fodes A nao tocas em B
Fodendo C nao tocas em H
E o etc. sao coisas pequenas
Mas tu já sebes isso,
Parva talvez fosse a tua avó.

Tento distrair-me nas coisas pequenas
Mas tão bonitas que me das
Mas cada vez que um deles
Um sempre distinto do outro
Te toca., e ainda por cima mal,
Aprendido que foi no ginásio,
Fico com vómitos vómitos na barriga
Tenho pena menina tenho.
Tantas coisas por te dizer.
Tantas.

Escrevo em vão, nem a outra me lia.

Esta a tocar a namoradinha
De um amigo meu. Em grego.
Só me apetece rir.

5

Irrita-me o facto de me poder
Apaixonar caralho
Por uma puta
Russa ou tuga
Desde que me saiba
Dar a volta
Sou fácil demais.

6

Nao preciso de muito mais
Do que isto sinto-me vivo
Nao preciso de mais nada.
Continua a sorrir no teu espaço
Limitado por copos vazios
Esvaziados e por encher
Puxa o top para cima
Esconde as mamas obvias
Recorrentemente e sorri
Mais uma vez e realça os olhos
Confirma sem saber tudo
Que eu me vou de seguida
Com o rabo entre as pernas
Exactamente como aqui cheguei.

7

Os cães metem-se com ela
Ouve-me como a mim me ouviu
Pesa-me o nojo de ser mais um
De o ébrio ter sido mais feliz.

8

Nem puchkin me salvaria
Ele nunca escreve um nome
Nu m poema tacanho qualquer.
Apetecia-me usa-lo agora.

When u are in love with a beautiful woman
U watch her eyes, u look for lies ...
Cause everybody loves
Cause everybody tells her
That She is The most beautiful
Woman in life

E os cães cercam-na
Os latidos com o seu nome
Mordem-me como se os dentes
Nao fossem para ela virados
Arrancam-me aos poucos
Parte de mim. Fico nas que restam
Com as que restam peso.
Ladram continuam a ladrar
E eu parvo acredito
No que o stolichnaya inventou.

9

Mais um - shot - mais uma estoria por contar
Nunca fui de estas merdas, mas preciso
Delas pelos vistos agora que penso
Sobre o assunto. Sao horas de ir
E os latidos consomem-me cada um
Deles que se metem quem se aproveita.
Ninguém e eu nao sou mais que nada
Sem saberes ensinaste-me tudo
O que tenho de aprender a ser.

Antes chorav por coisas imberbes,
Dava cabrçadas contra paredes
As que eram minhas por timidez
Acreditava no esforço
Agora compro só o pre feito

Finalmente tem um título tão simples como eu amei-te

Caríssima, e assim começo sem esconder quem eu invoco. Sabes se álgum dia me leres, coisa que eu duvido, que este texto como outros é para ti. Passou já algum tempo mas permaneces na memória de uma forma tão viva quanto as palavras que a constroem permitem, e é tão triste quanto a distancia que estou de casa que ao me deveria promover olvidar de ti. Faz-me falta o teu colo os teus pequenos pés inquietos como tu, o teu cheiro igual ao meu, o amor que quem via sabia existir, e até mesmo as nossas discussões parvas que agora sei que existiam por amor.

Gostava de te ter aqui ao meu lado em samos, nesta ilha tão pequena quano o que tivemos. Penso se alguma vez existiu algo em ti recorrentemente mas duvido e isso é o que mais me magoa, tudo puseste a perder meu amor quando me dizias que nunca que nunca o farias. Eu amei-te, agora sei passado tanto tempo e sendo injusto para todas as que me mereciam.

Eu amei-te e odeio a pena que vivo e o facto de só em mim ter existido.

segunda-feira, agosto 13, 2012

as aranhas também picam
picam mas que importa
vão-se com um insecticida
e a peçonha amiga
depois de coçares já não existe.

Picou,
picou e foi-se logo depois
não importa se um se dois
ou até mesmo três
contar é de quem sofre
veve o tempo quem é feliz.
P'lo nariz foi-me levada
e as palavras deixaram de ser nossas.

Nem lixívia, não passa
a ressaca é so de mim.
Caríssima saiu-me
a noite que passa
inesperada pelo pescoço
talvez do esforço
talvez da memória.

Nas keke jsk. Jsk kW já jezbdjxwxj jesuítico

Havia um sinal laranja ao fundo que indicava uma marca de combustíveis, havia outro mais próximo que proibia que os carros parassem para cargas, descargas e estacionamentos. Eu estão que lhes dava o significado, bem como aos outros que ladeavam a igreja onde na capela lidei com a minha primeira morte.

Estava a espera de alguma coisa. Parecia uma das arvores de copa larga ou a estatua pequena que ganhou tanto verdete por falta de estima idiossicraticamente portuguesa. Tinha tendência a atrasar-se permitindo-me escrever escrever qualquer merda aparentemente conclusiva. Estava a espera. Tinha fome apesar de ter vindo de um almoço que durou um dia, tal como a companhia familiar que nao me bastava ou que só foi excedententaria desde que me lembro. Faltar depois de se ter só pode significar que nada houve ou se teve, como impor sinaletica vertical a qu nunca a aprendeu: que se foda o símbolo nao passa para além de quem já o entende e stop está em inglês nao de Portugal, e pouco vem com legendas concretas para além do título e do material que o faz, letras cores dimensões, um pouco de tudo.

Para que pensar se alguém já o pensou por nos que nos ensine. Estou a espera, continuo a espera, ou estava para manter coerência temporal no texto, nao sei porque, ou se sei nao é exaustivamente, que me explique, eu explico o que provavelmente nao aabe e eu pessoalmente sei. Ou, pelo mesmo motivo de há pouco, o que só cada um de nos sabia.

Com esta linha mais concretamente termino, como o Ary sozinho, como a Natalia mais cheio mas só de mim que é tudo quanto alcanço.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Adeus - ou a revelação da sesta, de um despertar acordado

Caríssima saiu-me a sesta facturada em níveis de estupidez, cegueira e uma necessidade parva em acreditar em algo obviamente falso, como o que o circundava dizia, a quem ouvia, que era bem como o despertar assustado, que até algo me guiou, foram os motivos. O que a Ama apontava que não era tido em conta, até ao instante em que o repetiu, sem ter algo a tremer para me distrair faz hoje todo o sentido do mundo.

Saiu-me por entre lágrimas e arrotos, daqueles que os meus "gurus" me ensinam, caríssima, acho que foi desta que me fui. Não por a louça quebrada, não por ter cabides novos em casa, não por não ter dormido por susto, mas pela prova inequívoca de que há coisas que há enquanto servem outras há que se querem, e eu duvido que essas levem um enxoval partido, um voo ou dois perdidos, e uma conversa de merda. E estou irritado, como só umas duas vezes estive, e não pela questão de facturação caríssima, mas por fazer parte das minhas contas um conjunto de coisas que implicaram pessoas das que dão coisas das que não houve, e agora insisto no advérbio, nunca. O que vale é que não me querem mal, quase todas, percebem que não passava de um miúdo, dos que vivem assustados com os pais e querem provar que são mais do que eles pensam, que merecem a pena, que querem mostrar um troféu.

A quem o merece desculpem-me a distração, prometo que não me volto a deixar ir. Agora estou certo, caríssima permissão peço mas sem qualquer "não faço isto a ninguém":

"Vai pá puta que te pariu de mãe que criou um monstro a gosto, enterra-te num dos cantos que habitas, e não comas batatas fritas que já não tens um bom creme para a celulite".


FIM - Tudo por causa de uma sesta.