Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sábado, fevereiro 26, 2011

Num saco.

Era uma vez um menino que tinha medo de maminhas, porque o leite da mamã, bebia a senhora oléo de fígado de bacalhau e nha-nha de gajos manhosos, sabia a pirilau e a elixir de banha de cobra.

domingo, fevereiro 13, 2011

Tudo uma questão de justificação para pedir perdão ou não simplesmente um cigarro.

I

Somos ironicamente justificados
a fazer mais do que o feito
ou do que o intencionado
por propósitos já gastos
em conversas de esquina.

Dói-te o corpo certamente menino
carregas tanto porque não partilhas.
Julgas que ninguém repara?
Uma cara diz quase tudo
ou assim diz a zine de um rosa podre.

"dá-me um cigarro"
Fico estupefacto.
"é para um charro"
será que justifica?

És parvo
és tótó
és nojento
será que sou tão cinzento
ao ponto de achares que assim me alegras?

Já chega
tenho pressa
e só um no maço.

II 2º variação o tema é sempre o mesmo.

como uma bola rebolas e arrastas
parte do que por isso levantas
as páginas, tantas, lidas
quase que completam um livro
que alguém mais que tu leu.

Estão escuras as ruas,
guia-te alexandricamente a luz da sala
a que deixate ligada para a tua gata
essa pequena
ter uma noçao errada do mundo.
Ressaltas nas esquinas
que aqui não dão companhia a ninguém.

~vultos surgem
procuram algo
tudo se permite
o instinto acorda
e quem precisa cheira a milhas
o que necessita no bolso de alguém.

"tem, não tem"
ninguém pergunta.
É outro o assunto.
O mundo tem fome
nem que seja de fumo.

Acendi
larguei a pista
fui um bocado descuidado
"tens um cigarro
é para um charro?"
Bem aventurado
Quem p'lo vício conquista.