Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sábado, maio 08, 2010

Não nao fodi ninguém
fodas vão e vêm
têm o seu que de desumano
"vamu"
grita a brasileira ao fundo
como se o mundo se resumisse a um sim.
Assim não quero respondo eu
Talvez um carinho seu me fizesse esquecer
mas foder
depois de catolicamente enamorado
era como dar um passo
estupidamente no vazio.

II
Vais pelo fácil e o fácil
não exige que ágil
sejas por ir em frente
Eu cá sou gente
não desses, não stresses
que te importa
a porta ao fundo
a que te dá tudo
Só abres se quiseres
mulheres há tantas
porque choras? cantas
uma música tão triste
Meue amigo s'existe
neste corpo que despiste
é razão para chorar
Cantar é só pra quem pode.

terça-feira, maio 04, 2010

Epitáfio (o início consciente)

Quando o rapaz chegou aquele palácio pouco tinha de semelhante com os que vira no contos do Walt Disney. Os homens trajavam o mais claro possível entre o azul escuro e o cinzento antracite, estando somente protegidos de investidas desconfiadas ou de espadas do monte branco e douradas passadas de pai para filho, ou compradas pelo últimos se fosse empreendedor de impérios assentes em nomes que a partir do instante desse acto seriam tão mais bem escritos. Não tinham cavalos com pernas mas tinham rodas com cavalos, rodas concessionadas (traduzo livremente de acordo com a sugestão do google) e com cada vez mais carga perissodáctila - com ou sem cornos - quanto maior fosse o bolo de tempo naqueles cantos acumulado.

Princesas havia como os dedos de uma mão do Django e passado uns meses (tantos quanto na outra mão há), iniciavam um processo de transformação cada vez mais assente num traseiro que, por assentado a maior parte das vezes estar, levava à formação de uma superfície extensa que justificava o equipamento dos homens há pouco referidos.

"Grande de mais". Grita o especialista ao longe. "Não faz mal, não tarda a vir outra Senhora".

Os pajens também tinham o seu quê. Eram habituados a ter tudo quanto os seus mestres nos dias de festa e era neles que eles mais mostravam o que aos Senhores faltava em demasia.

I - O comunista verdinho como as nota do ólar que só escrevia em papel reciclado não do tronco mas das folhas.

Nos corredores do palácio, por vezes e tão de mansinho,
ouvia-se um riso deveras, deveras fofinho.
"Quem sorrirá assim?" pergunta o jovem recém entrado,
é "ELE" diz um jovem, já velho e cansado.

A primeira vez que do quentinho das paredes de amarelo pintadas saí foi com ele que fui ter. Criança pequena nos gestos e nas palavras, no brilho que com os olhos desperta o mundo só por pensar no que, mesmo podendo, pelo tempo não o faz. Nas brincadeiras que por dimensão já não pode fazer e no comer risotto porque lhe sabe a batatas fritas.

Era alto como eu, e também no seu ar de Portugal antigo. Maneiras, porte, cabelo e traço facial com nariz empinado a roçar o actor cómico e roliço de fimes antigos e repletos do sangue que viriato bombeava. Tínhamos interesses comuns e que ele havia perseguido numa exaustão juvenil deixando pouco a pouco de praticar.

Tinha sido o melhor a tudo, e foi por certo, e só o sei por não ter a estrutura sólida quanto o seu tamanho implica, qual arranha céus que se vende por dizer que aguenta com rabanadas de vento mais fortinhas. "A estrutura agita mas não quebra" concepção moderna do estudo de materiais em esforço que, por serem alto, já têm de considerar um co-seno superior a zero.

E agita, e agita com pena, esquecendo o gatinhar de outrora tudo aquilo por que anseia.