Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

quarta-feira, novembro 25, 2009

Último dia senhor para cantar o fado.

De onde?

Mas que raio de pergunta essa.
Deus nos livre de destinos com carácter local.

terça-feira, novembro 24, 2009

Quadra natalícia

A solidão potencia
O frio que a rua transmite
A tristeza de um pedinte
Do olhar de alguém que passa.

A merda do trabalho.

Caro
não parece ser fácil o que me pedes
não é nada fácil
nada
caro
duvido até que consiga
isto é
digamos
uma grande porcaria
assim não sei
não
o que faço caralho para estimar o potencial
o potencial deste mercado
caralho
não sei
não sei
não sei
E estou a ficar cada vez mais nervoso
ao ponto
de me apetecer explodir
levar comigo tudo de arrasto
de arrasto comigo
comigo para longe daqui
assim
hei-de ter algum impacto.
Fraco?
talvez
mas pesa tanto que me dói.

sexta-feira, novembro 20, 2009

tentativa de criação sobre um conceito definido pelo próprio autor.

génese I

O que cita I.i

Abana o vento a árvore,
pelO eixo o resto treme.
Enraizado tudo se agita,
Pelo medo o resto cede.

Uni, não bi a lapa
Nunca vai c´o a corrente
Move-se na rocha segura,
Descalça chega lentamente.

A pedra essa com ela não muda
Não leva a água a parte dela
O pouco do velho tanto mais dura
Quanto mais de outro é.

O que cita I.i (take 2)

Diz o que o outro diz ou disse
Cresce no mausoléu paciente.

O que cita I.i (take 3)

Tão grande és e vê.
pleo que a tumba de outrém dá
não muda nem um pouco
- nem sequer traduz-
o outro
se sabe
entende-o

Ás cavalitas vai
aos ombros.
Os outros
só são uns
nunca chegaram a ser eles.

O que cita I.i (take 4)

Toma toma toma que cito
é desta que tu tremes
não conheces?!
eu já sabia
eu já sabia
eu conhecia tão mais que tu.
Um
nunca hei-de ser
Estou a dizer
Tudo o que outro disse
Tudo o que existe
também e só por mim

"Fim"
e sim
estou a citar.

O que brinca aos trapos I.ii

Flanqueia a gaivota no azul torpe
De um que do verde desperta
que como o sol se põe.

Não notas que o caminho também e meu?
Um dia vai chegar triste áquele sítio
ao mesmo onde ele já fumava charros.
Aqueles
Aqueles que solitários
são
pequeno com ninguém ele os partilha
as colheitas do dia do nigga
Que ás vezes tem material de primeira"

Deixa,
Deixa estar ó homem
é bonito
e é só por isso que interessa
depressa
é so a quinta
a 1ª a 2ªa a 3ª a 4ª a 5ª a 6ª
Ou qualquer outra
Que te servir.

O que pintar I.iii

A que diz B fica bem perto de C
O ponto
se usado correctamente
por mais que o texto fique diferente
esteticamente
é uma arma . ! ?
A seguido de C com o elemento final
contido
num conjunto definido
entre chavetas anormalmente colocadas.
Não se diz nada
Sente-se
Diferente/ fica/ cada mente...agitada.

Não digas
I.iiiv

Guarda em ti a verdade
A que saber ser mais que tua
Uma pessoa não muda
pouco ou mais que nada.
Guarda,
Sê egoísta nas conclusões
Emoções não são partilhadas
Sente o que resta como ninguém o fez
Sente, sabes que ninguém toma
nele mais que ele próprio
Dá ao opóbrio
ao que tudo na mesma deixa.

Faz I.v

Traz
o impacto é sonoro
É assim que deve ser feito
r.r.r.r.r.r.r.r.r.r.r eterno
maqunal
Anal é tudo o que vai contra o feito
Feitio
merdas instítuidas
Um azul tão bonito,
aquele que vês
nos meus olhos quee termicos
a luz dos olhos têm
Continuamente fechado o alado profano
Por favor....tenho medo
não me obrigues assim não quero
por favor
se for sincero
Fodo-me como só fodia
Escrevi.
E assim começo.

terça-feira, novembro 03, 2009

É tarde.

É tarde. A luz do sol já se pôs talvez há muito; não sei, descobri a evidência ao fumar um cigarro no exterior permitido ao escuro de uma falha técnica qualquer que talvez, fatalmente ao olho do iniciado, faça sentido, quando a outrém só o desagrado levanta por ser só naquele quarteirão.

"Sonhos diluiem-se no que vais acumulando ao longo da vida", disse-me uma vez quem agora, de certa forma, a minha vida comanda porque na sua maior parte a faz contaminando-me com cada palavra que aparentemente em vão nunca soltou. Talvez seja isto a que alguns chamam de crescer mas, à parte de tudo, espero que daquilo que importa nunca se açabarque.

Remorsos vou aos poucos desconhecendo dando lugar a uma indiferença sólida como uma rocha que previne acima de tudo o agitar de uma lágrima que faltando nunca há de promover a erosão a que ainda há pouco me lembro de ter entregado por tal me ter sido permitido. Perco aos poucos a minha humanidade, e nada menor que isso eu sinto em mim quando tenho tempo disso me aperceber.

Estou cansado, tão cansado. As vozes que vêm dos bares aos poucos perdem a força que só um copo, um de gesto tomado me permitiria ver.