Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

quarta-feira, julho 29, 2009

A comer no esperança.

I
Momento para mim.
só para mim.
Escrevo-me sobre o meu trabalho.
Puxo um cigarro
Anulo o whisky.
Sabe ao primeiro
Não me aflige como o 1º sabe.
Vejo
Escuto
Só para mim, tudo
Puxo
Sinto-me enquanto sou.
II
Está uma menina sentada
ao meu lado ou por detrás de mim.
É bonita como outras já o foram
Faz-me lembrar muito
muito do pouco a que aspiro.
Tenho de mover o pescoço
o pescoço deste moço, o pescoço deste moço
para a ver de uma forma que intimida.
É tímida a menina
É tímida
É!
A menina?
Sim.
Ao meu lado ou á minha frente
Estão duas mulheres sentadas.
Vestem-se de gente.
São da gente à beira mar plantada.
Fazem-me lembrar muito
Muito do pouco que falo
criado por entra palavras ouvidas
Que ao longo de tudo acumulei.
A calçada essa está disforme
Em volume e cor inferior ao da estrada
Qual delas a mais pisada?
Qual delas tem mais de mim?
III
Fosses os tempos outros,
Não houvesse um tempo certo
Por entre o que define um dia.
Risse, risse sem peso
na consciência cada vez mais imposta.
E corresse, e parasse e andasse,
Com uma verdade; que já não sei ser minha.

segunda-feira, julho 13, 2009

I - Lá me vou ficcionando

Era tarde, relativamente tarde quanto um relógio biológico permitia inferir. Tudo era estranho naquele espaço que pejo não tinha de tudo o que simbolizava: abertas estavam todas as portas para o mundo.

A maioria das pessoas estavam a começar a sua refeição não tendo mais que um copo, umas azeitonas e um par de talheres de perfil moderno em frente. Tocavam-se de ladlo a lado e entiam a falta do pano que até há pouco os afastava da mesa aparentemente limpa. Por cada mesa, de 4 ou de 2 - não se incluindo os os topos - havia uma vela que iluminava mais que a luz que, por moda, era fraca.

O campo de batalha estava exposto mas mesmo assim não existiam sinais de futuras conquistas. Os empregados iam carregando de mesa em mesa elementos aparentemente fortuitos mas que não mostrava levar a lado nenhum.

Barulho, muito barulho, aquele que só a paz permitte por não haver nada a perdoar, nada a bradar aos céus, nenhum agradecimento que implique a queda de um outro corpo qualquer. Barulho, barulo de multidões que discutem o formal de um dia certo. Ruído de armas que já não se afiam.

Havia também um menino que já devia estar a dormir e que também contrastava pela sua tez mediterrânica do lado de lá. Reclinava-se na cadeira apoiando a sua nuca como se descanssasse de um dia quase trágico. Um dia haveria de perceber que é a sorte que o leva neste mundo desde que dali, do outro lado, o tirou. Um dia haveria de perceber que mãe só há uma e que as duas se movem numa cruzada anti-católica e melancólica pelo olhar que carregam. Movia-se constantemente de um lado ao outro da mesa como as prefrências que se trocam no decorrer de uma vida. Reclinava-se outra vez e outra e outra com a nuca, como se já, e tão inconscientemente, aguardasse uma resposta pesada a tudo.

Na rua iam passando pessoas que por vezes paravam para olhar, de urbano e tardio. Por mais que vissem só apreendiam um ou outro detalhe mas, no geral, era a actividade que os prendia e que a elas empregava. Uma era loira, e outra era morena. Uma brasileira e outra portuguesa. Ao contrário da rima tudo o resto fazia sentido nem que seja por [ ] ou entre elas estar tudo ao contráio. Elas viam, elas viram tanto e, se pudessem, tão mais, quanto a sua linda cabeça o permitisse, teriam escrito. Não podem, trabalham, vão e vêm em mais que um sentido aparente. Não as estranho, vejo-as, quase que tudo, num instante, tem ou faz sentido.

quarta-feira, julho 08, 2009

As horas não digo porque só agora comecei. será ficção ou auto-biográfico. Aqui vai doutores.

I

Era uma vez um rapaz que gostava de jogar playstation. jogava playstation e ficava feliz. depois de foder lá ia ele jogar playstation mas de uma maneira especial, quando comparado com as outras acções que poderiam dele partir.

Tinha uma namorada que geralmente respeitava. Não fodia com qualquer uma recorrentemente porém, quando estava com esse estado de espírito, não era tão feliz na maioria das vezes, por respeito, não jogava Playstation às vezes, e, nas vezes em que não era na casa dele, não jogava de certeza porque os seus comandos tinham algo de especial.

Os seus amigos também partilhavam dos mesmo hábitos. Quando estavam juntos também bebiam cervejas e de garrafas de litro que partilhavam pelo gargalo ao contrário dos comandos que só conheciam o suor de um par de mãos - ou de uma como é o caso do chico maneta que recorria a uma joystick bocal para mover os seus jogadores da bola electrónica de uma forma que até ao cristiano ronaldo seria impossível mesmo sendo mais que 1s e 0s: pelo que sei é um 7 e um 9.

Eram felizes. Pediam pouco mais que electricidade da vida e que afastassem caricas da sua frente no caso do nelito e do josé que vinham de viseu com hábitos estranhos.

Late again...professionaly (cantado como o alone again)

Estou á espera. Continuo à espera de uma merda que entre ás, às e hás vai e volta para trás pelo brio que ortograficamente exige de um ser que maquinalmente foi ensinado, por ser humano, a pensar. Só fica cada vez mais tarde e já é tão tarde agora.

Distraiem-me músicas enviadas talvez com um segundo sentido que, pelo contexto, já não perco muito tempo a perceber. A clpa é minha, eu sei que é minha, mas a que se esconde por detrás de cantorias francesas acompanhadas de um vídeo que ganha sentido agora que escrevo e que por isso eu não partilho. Vi parte dele agora, neste preciso instante, neste momento tão pequeno como o meu dia já foi: uma menina dança; dança uma menina à volta de um homem: um homem joga snooker e move um taco move-o; swing dizem os outros; outros não há, neste preciso instante estou sozinho.

Cum diacho. Mais um desabafo que foi escrito.

Momento de ficção.
As ruas são como pequenos pontos de uma constelação cada vez mais conhecida. Corpos que já percorridos perdem qualquer interesse à alma que cresce pelos lugares comuns que implican a quem vive. "Bom dia, quero uma bica!", lá pedimos nós vados por uma certeza que já nos é propria, num café do costume, levados, acima de tudo, não por sabermosmais mas por não querermos correr riscos independentemente da qualidade do café. O açucar sabe sempre o mesmo e mata qualquer excesso que exija a presença dele.
Quantas caras não conhecemos deste e neste percurso que percorremos só por isso não sozinhos. Acompanham-nos mem´orias mais ou menos trágicas, menos ou mais lúcidas regadas que estão das drogas que os sentimentos são, sempre tomadas a colheradas que contra a física aparentam não transbordar. Queixávamo-nos do óleo de fígado; não éramos meninos?! Toma lá que crescemos e aprendemos c'o processo...malandros. Somos todos uns malandros.
O vento passa e dá mais peso a tudo pelo arrancar das camadas que entretanto ficam mais finas. Fica um homem despido há quem diga, há quem saiba que homem deixa de ser. Ganha cor lentamente...lentamente fica azul se lhe ocorrer A, fica verde se vier ao de cima um N muito grande, fica vermelho se o recordado for um IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII do tamanho do mundo que sem saber, porque a Remax disso não fala, habita.
E o rio? de que nos serve o rio para além de escoar a merda que em nós, em casa, e no primeiro espaço referido nesta pequena prosa se acumula? Até com os olhos cagamos; e o que deles sai não fertiliza...Quanto não foram levados até ao mar embalados por um corpo que se agitava mais turbulento ou mais calmo consoante a corrente de um Tejo desgovernado e saudoso do tempo em que a terra que é pisada só naturalmente com ele co-existia. Conquista o homem tudo achando que mais que os bichos são dele. Os bichos.
E de repente tudo cai sobre nós para depois cairmos sobre tudo que depois acaba por cair de novo naquilo com que levou. O mundo, a terra, os prédios, as ruas, nós. Nós edificamos aquilo que por nós acaba por ruir.

segunda-feira, julho 06, 2009

Dor de barriga, ai valha-me Deus.

Começa a subir como uma chama moribunda,
Por pequenas rabanadas de um vento empurrada,
Não dizes nada achas que passa
Até que num instante só te apetece arrotar.

Fode-te o queimar
Que só se sente verde.

Agora o senhor poeta sente-se um pouco infeliz o que, conjugado com a sua dorzinha de barriga, o põe irado, danado e cansado porque num instante tem de lidar com tantas sensações negativas. Não gostou nada do que escreveu há pouco. Acha, quase como sempre, que podia dar mais ao mundo mas desiste logo porque não se sente obrigado. Não.

Desabafa o poeta pelas palavras que dá.
Olha para os lados e ninguém está...lá
Segue pelo conhecido trilho
Pé ante pé cuidado está sozinho.

Consigo
Tudo eu vou mudar
Consigo
não posso parar.

Só preciso de um ritmo de uma merda qualquer
Comecem meus filhos quando o pai quiser
mas deixemos de nadas de conteúdos vazios
Até um chulo de sucesso tem brio.

Consigo
Tudo eu vou mudar
Consigo
não posso parar.

Porcaria.

E o fim.