Estou á espera. Continuo à espera de uma merda que entre ás, às e hás vai e volta para trás pelo brio que ortograficamente exige de um ser que maquinalmente foi ensinado, por ser humano, a pensar. Só fica cada vez mais tarde e já é tão tarde agora.
Distraiem-me músicas enviadas talvez com um segundo sentido que, pelo contexto, já não perco muito tempo a perceber. A clpa é minha, eu sei que é minha, mas a que se esconde por detrás de cantorias francesas acompanhadas de um vídeo que ganha sentido agora que escrevo e que por isso eu não partilho. Vi parte dele agora, neste preciso instante, neste momento tão pequeno como o meu dia já foi: uma menina dança; dança uma menina à volta de um homem: um homem joga snooker e move um taco move-o; swing dizem os outros; outros não há, neste preciso instante estou sozinho.
Cum diacho. Mais um desabafo que foi escrito.
Momento de ficção.
As ruas são como pequenos pontos de uma constelação cada vez mais conhecida. Corpos que já percorridos perdem qualquer interesse à alma que cresce pelos lugares comuns que implican a quem vive. "Bom dia, quero uma bica!", lá pedimos nós vados por uma certeza que já nos é propria, num café do costume, levados, acima de tudo, não por sabermosmais mas por não querermos correr riscos independentemente da qualidade do café. O açucar sabe sempre o mesmo e mata qualquer excesso que exija a presença dele.
Quantas caras não conhecemos deste e neste percurso que percorremos só por isso não sozinhos. Acompanham-nos mem´orias mais ou menos trágicas, menos ou mais lúcidas regadas que estão das drogas que os sentimentos são, sempre tomadas a colheradas que contra a física aparentam não transbordar. Queixávamo-nos do óleo de fígado; não éramos meninos?! Toma lá que crescemos e aprendemos c'o processo...malandros. Somos todos uns malandros.
O vento passa e dá mais peso a tudo pelo arrancar das camadas que entretanto ficam mais finas. Fica um homem despido há quem diga, há quem saiba que homem deixa de ser. Ganha cor lentamente...lentamente fica azul se lhe ocorrer A, fica verde se vier ao de cima um N muito grande, fica vermelho se o recordado for um IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII do tamanho do mundo que sem saber, porque a Remax disso não fala, habita.
E o rio? de que nos serve o rio para além de escoar a merda que em nós, em casa, e no primeiro espaço referido nesta pequena prosa se acumula? Até com os olhos cagamos; e o que deles sai não fertiliza...Quanto não foram levados até ao mar embalados por um corpo que se agitava mais turbulento ou mais calmo consoante a corrente de um Tejo desgovernado e saudoso do tempo em que a terra que é pisada só naturalmente com ele co-existia. Conquista o homem tudo achando que mais que os bichos são dele. Os bichos.
E de repente tudo cai sobre nós para depois cairmos sobre tudo que depois acaba por cair de novo naquilo com que levou. O mundo, a terra, os prédios, as ruas, nós. Nós edificamos aquilo que por nós acaba por ruir.