Estou tão estranho como a normalidade me permite. O que se passa comigo porra que nem consigo descodificar o que na minha cabeça se passa talvez pela variação de pressão atmosférica a que foi submetida! Porra. Tem de ser assim e sempre foi assim que foi e eu nunca o percebi. Á medida que se cresce e as responsabilidades atenuam o que de melhor nos compõe, como uma barragem que através de um limite permite a acumulação de tanto de bom e de tanta merda como a que no fundo se arrasta pelo atrasar de uma corrente.
Tem a barragem maneira de escoar o que excede talvez o corpo não o tenha, talvez não o consiga ter e só dói mais por isso. O trabalho limita o tempo que há para libertar o que em nós se vai somando ou subtraindo - acaba por ser o mesmo pois o que se dá perde-se e o que se recebe tira-se- e o corpo, nunca feito de betão armado, ao invés de rachar como uma qualquer estrutura explode em todas as direcções que conhece e desconhece mas é so por estas últimas que continua o seu trilho...Excessos são tão maiores do que no tempo dos excessos. O que antes se dava ao corpo ao longo de um dia dá-se na mais pequena porção dela. Uma merda.
Podesse sorrir e chorar à frente de qualquer parede. Nenhuma delas me desse o pão a boca depois de o meu corpo o ter posto nas suas mãos. NENHUMA. Voltasse a encontrar tecto no que hoje o meu joelho sente.
Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)
sexta-feira, agosto 22, 2008
Ao carlos artista de desempenho

Supostamente era artista,
parecia
dizia-se que não o era
que não era
paneleiro.
Dizia-se que era um daqueles dos desempenhos.
Traduzo literalmente do inglês...
Dessa língua tão linda e ainda mais linda a nomear profissões.
Desempenhava
Desempenhava sim
um papel demasiado irritante.
Apetecia-me cortar-lhe a cabecita
Com uma tesoura de cortar sebes
o seu lindo cabelo parece
uma sebe
que
reflectindo o que dentro dela se acumula
está num estado lastimoso,
de merda.
Vou podar o carlos vou podar o carlos (cantando infatilmente)
"Ai seu assassino
anulador de sonhos de menino"
Serei?
Acho que até agora nunca me dei assim tanto a uma vontade...
"Sabes que na realidade não é assim não sejas um parvalhão"
Não?!?!?
só sigo o caminho que o mundo me parece apontar!
Já estou farto de virtudes divinas que o homem só no outro homem tenta espelhar á custa de discursos
daqueles que só diluiem o bom que talvez um dia foram!
Aqui não ha palavras não ha palavras
Há tesouras da poda e gravatas
e um palhaço no desempenho do projecto que é a vida.
Que a acabe á grande
Que a acabe á antiga
Sem a sua cabecita - que nem um nobre francês (voz de falsete)
Ou com a garganta apertadita
como um usurpador de meninas do tempo
em que os vaqueiros faziam mais que refugados.
Oh Ana!
Poderia ser verde, se o currículo
p'ra mais que nada me servisse ou acho
Eu que sou pequenito mas que passo,
Por entre os dias sem deter um vínculo.
Não sei quem é, não a conheço, brinco,
Eu que sou pequenito e assim trago
P'ra mais que nada o que já tenho e faço
Brincadeiras imberbes com o que sinto.
Chega o devir para o mundo tudo
o que seu era deixa então de vir
Poderia ser verde e então fugir
Solução fosse para quase tudo.
Pelo azul ali bebido fui levado
Encantou-lhe o bigode já cortado.
quinta-feira, agosto 21, 2008
O senhor engravatadito perdidito em berlim.
Custa-me bastante esta vida na alemanha nem que seja pelo facto de estar a bater texto num teclado em que o z poderia estar noutro lado qualquer.Infelizmente esta em ingles uma lingua bem pior para quem gosta de usar um texto digamos mais cedilhado algo que ja um personagem da guerra das estrelas do porto, talvez por isso mais peludo, dizia.
Acentos nao custam muito. A nao ser e claro que seja um estrangeiro a ler e nao consiga perceber o contexto do texto e se veja a procurar num dicionario um significado mais complexo do que aquele que a palavra realmente detem. E a ironia da vida que se condensa num problema semantico mas que so parte do ortograficamente errado. Lembro-me dos ditados a que fui sujeito vezes sem conta e de repente tudo fez logica sendo o tudo a moral que estava impressa naquela repeticao cada vez mais frenetica e cada vez menos repetitiva de palavras que ainda hoje muita gente, eu inclusive, nao sabe escrever. Estava no ditado a moral pois na copia era so ela que havia: agora no ditado, no ditado meus amigos, nessas lindas palavras soltas que tento prender pelos meus ouvidos para mais tarde as libertar pelos meus dedos na interpretacao onirica de um som por um miudo de tenra idade e o seu ganhar de forma em letras que so passaram a ser o potenciar de um reflexo perdido que esta o seu lindo lindo lindo som.
Tudo perde a essencia aos poucos, a medida que escuda o seu corpo do mundo por uma qualquer proteccao por mais mediocre que seja, que ela seja meu Deus. Mas o corpo estranha o peso e do estranhar pesa ainda mais do que antes e coitado dele que de repente fica obeso mas de uma natureza nunca flacida porque ao flacido, nada ,mas nada, se permite! Mas ha quem consiga enverdar com o escudo as costas e carregar o seu corpo com ele em frente em frente passando pelo mundo como se ele fosse um riacho mas tao pequenito, tao seco e tao sem forca que nem o sente mesmo que saiba que ele esta la. Sao senhores, cavaleiros de uma verdade propria que se mostra ao longe como um farol mas nao para aqueles que a procuram. Eles impoem/se cobertos de glorias que outros como eles inventaram, guiados por aquilo que outros como eles guiaram, despojados de qualquer opobrio porque o opobrio e um deles que define.
Ja tirei a gravata. Sao 5 e 45 em Berlim. Nao me apetecia muito estar aqui mas acho que deve fazer parte deste crescimento que me foi imposto a teledistancia. Digamos que figuras paternas nao tinham uma presenca maior que a televisao e estavam inclusive a mesma distancia dela. Vi-a os meus pais filmados de uma forma desfocada ate perceber que era miope, lia as legendas e tentava perceber uma historia qualquer. Como era miudo tal como o poupas o meu pai tinha coisas importantes para me dizer tendo acabado inclusivamente a ensinar-me a escrever e a ler. O meu pai tinha mais o exclusivo de me explicar como se comia tanto a mesa como a cama quem ja me viu diz/me que explicou bem. A minha mae por sua vez ensinou-me a ser um pouquinho mais desconfiado principalmente de mim proprio.
Acabei um paragrafo. Sao 5 e 50 em Berlim. Nao me apetecia muito estar aqui na mesma mas sinceramente nao sei o que faca e insisto que nao sei so sei que e um bocadinho triste. Nao sou mais que um mutante p'lo humano que tenho tao envolvido pelo cinzento.
"Quero ir-me embora eu quero dar o fora e quero que voce venha comigo..."
Acentos nao custam muito. A nao ser e claro que seja um estrangeiro a ler e nao consiga perceber o contexto do texto e se veja a procurar num dicionario um significado mais complexo do que aquele que a palavra realmente detem. E a ironia da vida que se condensa num problema semantico mas que so parte do ortograficamente errado. Lembro-me dos ditados a que fui sujeito vezes sem conta e de repente tudo fez logica sendo o tudo a moral que estava impressa naquela repeticao cada vez mais frenetica e cada vez menos repetitiva de palavras que ainda hoje muita gente, eu inclusive, nao sabe escrever. Estava no ditado a moral pois na copia era so ela que havia: agora no ditado, no ditado meus amigos, nessas lindas palavras soltas que tento prender pelos meus ouvidos para mais tarde as libertar pelos meus dedos na interpretacao onirica de um som por um miudo de tenra idade e o seu ganhar de forma em letras que so passaram a ser o potenciar de um reflexo perdido que esta o seu lindo lindo lindo som.
Tudo perde a essencia aos poucos, a medida que escuda o seu corpo do mundo por uma qualquer proteccao por mais mediocre que seja, que ela seja meu Deus. Mas o corpo estranha o peso e do estranhar pesa ainda mais do que antes e coitado dele que de repente fica obeso mas de uma natureza nunca flacida porque ao flacido, nada ,mas nada, se permite! Mas ha quem consiga enverdar com o escudo as costas e carregar o seu corpo com ele em frente em frente passando pelo mundo como se ele fosse um riacho mas tao pequenito, tao seco e tao sem forca que nem o sente mesmo que saiba que ele esta la. Sao senhores, cavaleiros de uma verdade propria que se mostra ao longe como um farol mas nao para aqueles que a procuram. Eles impoem/se cobertos de glorias que outros como eles inventaram, guiados por aquilo que outros como eles guiaram, despojados de qualquer opobrio porque o opobrio e um deles que define.
Ja tirei a gravata. Sao 5 e 45 em Berlim. Nao me apetecia muito estar aqui mas acho que deve fazer parte deste crescimento que me foi imposto a teledistancia. Digamos que figuras paternas nao tinham uma presenca maior que a televisao e estavam inclusive a mesma distancia dela. Vi-a os meus pais filmados de uma forma desfocada ate perceber que era miope, lia as legendas e tentava perceber uma historia qualquer. Como era miudo tal como o poupas o meu pai tinha coisas importantes para me dizer tendo acabado inclusivamente a ensinar-me a escrever e a ler. O meu pai tinha mais o exclusivo de me explicar como se comia tanto a mesa como a cama quem ja me viu diz/me que explicou bem. A minha mae por sua vez ensinou-me a ser um pouquinho mais desconfiado principalmente de mim proprio.
Acabei um paragrafo. Sao 5 e 50 em Berlim. Nao me apetecia muito estar aqui na mesma mas sinceramente nao sei o que faca e insisto que nao sei so sei que e um bocadinho triste. Nao sou mais que um mutante p'lo humano que tenho tao envolvido pelo cinzento.
"Quero ir-me embora eu quero dar o fora e quero que voce venha comigo..."
terça-feira, agosto 19, 2008
Renascido das cinzas como uma fénix uma ave rara da poesia contemporânea que não crê em mitologia eis que retorna o poeta. inspirado por quem? Alguém
E assim começa com o bater de um tambor mas de uma música que acaba e que ele nunca conseguirá tocar -não por não gostar (tom explicativo)- só por sua mão, ou jeito, para isso não servir.
Dão a uma criança pequenita, cerca de 1,30 de altura, um presente a 2 m da mesma distância ao chão. Este ser em pleno desenvolvimento sem recorrer a qualquer tipo de ferramenta mais tarde ou mais cedo será provido de uma dimensão que ao que lhe é de direito permitirá chegar - isto se estiver nos percentis normais desta moderna geração alimentada a papas suiças. Se ele fosse anão e tivesse a mesma altura aí a história é que já seria outra. Sou então o último do último parágrafo, por mais que me esticasse só pintaria rodapés. O problema não seria do tecto, muitos o alcançariam, o problema é só meu porque nem com o meu maior esforço, o melhor dos condicionamentos físicos, lhe conseguiria desprovido de qualquer tipo de ferramentas ou, em outras palavras, ao natural.
Ao natural é que interessa. Refiro-me á música claro. O resto acredito que tem de ser muito bem pensado e daí estruturado. Como não percebo de música nem sei dar música sobre ela prefiro entrar num concerto de rompante e tirar as minhas conclusões mas, se o início me custar, saio logo dali.
Dão a uma criança pequenita, cerca de 1,30 de altura, um presente a 2 m da mesma distância ao chão. Este ser em pleno desenvolvimento sem recorrer a qualquer tipo de ferramenta mais tarde ou mais cedo será provido de uma dimensão que ao que lhe é de direito permitirá chegar - isto se estiver nos percentis normais desta moderna geração alimentada a papas suiças. Se ele fosse anão e tivesse a mesma altura aí a história é que já seria outra. Sou então o último do último parágrafo, por mais que me esticasse só pintaria rodapés. O problema não seria do tecto, muitos o alcançariam, o problema é só meu porque nem com o meu maior esforço, o melhor dos condicionamentos físicos, lhe conseguiria desprovido de qualquer tipo de ferramentas ou, em outras palavras, ao natural.
Ao natural é que interessa. Refiro-me á música claro. O resto acredito que tem de ser muito bem pensado e daí estruturado. Como não percebo de música nem sei dar música sobre ela prefiro entrar num concerto de rompante e tirar as minhas conclusões mas, se o início me custar, saio logo dali.
quinta-feira, agosto 07, 2008
sábado, agosto 02, 2008
nao ves que ele está triste
que ele está sozinho
só quer sentir que gostam dele
quer um carinho
não mais que isso
está sozinho
quer sentir que gostam dele.
Fodas são fáceis
por menos gratuitas que se consigam
mas as feridas essas não saram
venham quecas elas passam
desde que seja bem fodido.
A cama é como o mundo
é so um ponto de passagem
acumulam-se gentes por mais imundas
tempos que não mudam que não param.
nomes que se perdem que não perduram
faces que só mudam por guincharem.
Outras ficam
outras saram
a cama é um ponto de passagem.
II
Quer o poeta não foder,
Quer companhia com um tom sério
quase jocoso
daquele que preenche paredes que não são paredes mas páginas de jornal.
É um animal por vezes que esta não são,
quer o contrário
o que precisa
o que vulgarmente uma mãe ao filho dá.
Mas a mãe não é o filho que escolhe
e a que o filho escolhe pode não ser mãe dos seus netos.
É uma merda
(pois é)
mas é uma merda que tem de ser assim.
Escolhi escolher
Saio-me cócó.
que ele está sozinho
só quer sentir que gostam dele
quer um carinho
não mais que isso
está sozinho
quer sentir que gostam dele.
Fodas são fáceis
por menos gratuitas que se consigam
mas as feridas essas não saram
venham quecas elas passam
desde que seja bem fodido.
A cama é como o mundo
é so um ponto de passagem
acumulam-se gentes por mais imundas
tempos que não mudam que não param.
nomes que se perdem que não perduram
faces que só mudam por guincharem.
Outras ficam
outras saram
a cama é um ponto de passagem.
II
Quer o poeta não foder,
Quer companhia com um tom sério
quase jocoso
daquele que preenche paredes que não são paredes mas páginas de jornal.
É um animal por vezes que esta não são,
quer o contrário
o que precisa
o que vulgarmente uma mãe ao filho dá.
Mas a mãe não é o filho que escolhe
e a que o filho escolhe pode não ser mãe dos seus netos.
É uma merda
(pois é)
mas é uma merda que tem de ser assim.
Escolhi escolher
Saio-me cócó.
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