Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

sábado, novembro 24, 2007

Já não escrevo, faz muito, como gosto. Estou piroso e isso enoja-me, continuasse a ser estúpido e desprovido de lógica, como é bom, pelo menos para mim.

Num sábado. Num dos dias que até tenho para mim.

Num sábado. Num dos dias que até tenho para mim estou cansado como só uma noitada de trabalho me põe. Compenso agora no pouco que é mais só meu.

Cada vez mais longe do que há uns meses era, não é p'lo tempo mas p'lo que sou que me assusto.

sexta-feira, novembro 09, 2007

A luz começa a por-se em Lisboa e Kwh ganha mais zeros que à tardinha.
Perguntaram-me hoje quem é que era com um sentido que exige mais que um nome como resposta. è estranho porque tantas vezes me perguntei isso e nunca soube responder. Quem sou? o que faço aqui? De facto posso perguntar de uma forma simples ou mais complicada. o que faço aqui e nunca vou conseguir ser sincero. Fui arrastado? Nao, não fui. Acabei por vir aqui parar e até gosto disto mais ou menos. Nao pinto nao escrevo poesia maluca ou textos com o sentido que é so meu mas tambem se o fizesse e ganhasse disso nao estava a ser sinbcero comigoproprio. nao escrevo para outros, para me comprarem. Escrevo para mim para responder a pergunta que me fizeram e que tantas vezs me fiz.

Nunca cheguei a nenhuma conclusao como tantas vezes disse. nao passo de um tipo indefenivel. Porque mesmo que seja a para b eu nao passo de um a para um b que não sabe sequer a opinião do c que é completamente contraria e não, por consequencia, completamente invalida. Se calhar o b para mim é uma peste daquela que provoca a morte dolorosa e obriga a usar máscaras com uma grande penca (algo que gostoparticularmente) mas para o supracitado C tal pessoa é a melhor do mundo, quer ter filhos dele e o facto de ser um alcoolico adultero não importa para nada. E é assim que a vida é.

(Pausa)


II (Dois não segundo que isso soa mal)

Lá fora passa um barco longe,
nao lhe toco com os dedos mas com os dedos o limito no horizonte que é meu.
Nunca sequer me aproximei dela,
Limito-me a partida e eu nem o senti.
Faz parte tudo o que aparentemente é repartido
NAda é uno, nada é nosso.

O sol põe-se,
Lá fora.
Mas lá por fora
faz sol.

Não vejo,
Escrevo sem de olhos precisar.
PAra que se não me dão a luz.
PAra que ver o escuro
Para que o nque não se quer num instante
nmas que só o olho apreende.

Estou la por fora
Estou a s sol
Estou longe
Lá fora
não é aqui.

Limito-me
Limito o mundo
Cerco-me do que criei.
Das janelas vê-se o rio que por obrigação parece que não existe. Perdemo-nos nas linhas que compõem um espectáculo de acetato que, só literalmente traduzido, ganha esse nome.

Lá fora os cacilheiros deixam marcado o seu percurso por um tempo que não sendo capaz de definir sei que por certo é imperceptível a quem não o vê. Trabalha de x a x carregando o peso dos outros e só sente parte do que eles deixam no seu depósito. Este, ao fim de x viagens, é ,de novo, preenchido para, de novo, ser gasto.

Rotinas. Percursos que cavamos num caminho sempre igual e que, de súbito e por excesso, deixa de existir. Cada vez mais fundo já nada mais que uma parede nos rodeia, tudo fica escuro mas, por hábito, seguimos sempre na direcção certa como um cego que conta os passos entre a 1ª carruagem do metro e os degraus que tem de subir não percebendo a riqueza que o rodeia: a velha alegre, o jovem triste, o rapaz que desenha e a gorda gótica que acredita ser uma fada encantada por uma regra celta qualquer.

O sol entretanto começou a pôr-se. As luzes da ponte acendem-se. O barco perde aos poucos a cor.

Daqui a nada saio. Volto ao mesmo de ser eu.

segunda-feira, novembro 05, 2007

O bruno escrevia concentrado no seu gabinete. Tinha as mãos de uma dimensão que, não longa mas larga, ocupava todo o teclado do seu portátil igual em forma ao meu.



Pedira-lhe à última da hora o tipo meu homónimo que alterasse um documento que nem sequer era da responsabilidade dele. Bruno, pequeno quanto eu, teve de acatar a decisão do tipo que seguiu logo para casa de certo com propósitos onanistas da vertente de quem se gosta de ver com um polo de uma universidade americana só e sempre paga pelos nossos papás. Coitado tem trinta anos, uma idade triste quando se é criança. Fode-se para ter um amigo que, por mais que chore, nunca há de chorar tão alto quanto ele.



"papá quero uma casa numa zona central e cara". " o meu audi já tá velho como tu, dá-me um antes que morras e perca a tua fortuna".



Tristeza feia e sebosa como a testa de quem o seu que pesa nervoso dá ao outro que só carrega tudo o que nunca foi dele.
Hoje começou o dia de uma forma engraçada. O senhor barbudo via na montra um jogo de voleibol e uma senhora guiava um ford da por palmela. IRonia. Ironia drástica.

Quase que fui atropelado. Pimba.

O meu sapato por vezes escorrega.

Tenho pernas compridas, dificulta a compra de um fato.

Tenho colegas porreiros e outros chatos.

Moro ao lado do emprego.

Já tive medo do escuro.

Ladrão que rouba a ladrão tem x anos de perdão. ( e o x pertence a um conjunto tão finito quanto a vida deste senhor que, se tiver às portas da morte, considera este acto talvez altruista bastante indecente)

No meio de muita gente veêm-me bem à distância. sou alto.

Já corri p'lo menos cem metros de seguida 2 vezes sem parar.

Estou um bocado estúpido.

Digamos que muito estúpido.

Não vou escrever mais.