Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)

quarta-feira, setembro 26, 2007

Tentativa nº1 para a escrita de um texto que, talvez não apresentando um carácter forte, tem de ser mais extenso que aqueles que o precedem.

Meus amigos,

Este Sidoro que vos escreve mesmo que o exija não deixa de ser tratado por doutor. Quem agora vos escreve, como puderam constatar pelas linhas que rabisquei de rajada há bem pouco, está a viver num paradigma diferente e tão diferente está que parece um tal de Samsa descrito por um tal de Kafka que, embora escrevesse em alemão, pelos checos é assumido como um deles.

Acordei com medo de chegar atrasado no primeiro dia sem sequer saber o que me esperava no instante em que abrisse a porta para o mundo: a luz não mingava e as pessoas caminhavam no mesmo sentido que eu. Senti de súbito que agora pertencia ao grupo que antes me olhava de lado: era um "deles" que agora "deles" era.

No palacete foram-me dadas folhas com espaços a preencher e linhas para, com as letras mais amplas do meu nome, cruzar, e, no final, dando-me um novo número firmou-se contracto com a certeza da minha presença a qualquer hora, pois, agora, deles também era.
A mão, limitada pelo que o botão de punho cerra, abre mais portas do que quando livre.
II

O corpo da chefia ao corpo da mulher retira o que antes só fora lastro.

Viva ao sr. do mercedes

E assim subiu mais um degrau do que os outros chamam vida este anónimo autor. Dói, não dói? "É a vida" e já mo disse mais que um taxista: poucos deles são parvos.

180º livremente inspirado numa frase de quem tem a voz una

O poeta que usa o fato de facto se anula.