É mole demais p'ra escrever o papel.
Parece um coração daqueles que abusamos
daqueles que de fracos queremos p'ra nós.
Precisava de um suporte qualquer,
a perna cansada não servia de tanto andar
sem a carteira nada se veria.
Chove
parece que guardei as palavras para este dia
Já não sabia o que era o frio.
A viagem sabe mais a monotonia
o dia está tão mais escuro que aqui
lá fora só se vê o reflexo de onde estou
Resume-se então o mundo a isto:
uma carruagem quase cheia
mas vazia no que a preenche
Um bando de gente diferente em tudo
mas que no fundo sofre do mesmo.
Está tudo sentado fora a senhora que vai sair.
Quem não está só ri-se
Quem está inveja-os e perde tempo em merdas
com que suja o papel que acaba por servir p'ro que serve.
Estou quase, estou quase a chegar.
Está a chover,
Vou-me molhar
do que havia já não há.
Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)
domingo, outubro 09, 2005
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