Estou de férias e nunca estive tão cansado. Hoje acordei relativamente cedo para quem se deitou às quatro da manhã ressacado, não da sangria, mas de um trabalho de cálculo que se prolongou. Uma hora depois do pequeno-almoço levantei-me; vejo as horas e percevo que estava atrasado ("merda aidna tenho de comprar o livro"). Saí a correr de casa e faço um desvio até à Parede, mas de nada serviu; a livraria fechara, perdi mais tempo, perdi um comboio. Sentei-me na estação para fazer o trabalho que só acabei no bar da faculdade pouco tempo ddepois de ela ter chegado.
Perguntava p'ra que servia o lambda quando a porta, como de outras vezes, bateu. Olhei, olhei e vi-a; mesmo que tentasse já não estaria indiferente. Oh o sorriso que ela me deu, aquele que, de uma forma estranha, já me tocara ao som de mozart, ainda por cima conjugado com o meu nome foi o que bastou. Disse-me o que queria e ajudei como pude. Agradeceu-me e fui.
Davam presentes e chocolates ao seu Diogo e ele, por isso, era feliz. Sempre precisei de mais do que isso; estou certo desde que a porta bateu...
Cheguei à mesa redonda - mais tarde, mas tinha um bom motivo. Acabou e parti p'lo caminho chuvoso que, aos poucos, diluiu o que me fora dado. Já em casa poucos eram os vestígios, só me via a dormir. Acordei e decidi que já não vou ser mais poético, desta vez quero que me compreenda: isto é o resultado.