Mais um. O meu primeiro. (brainwasherpt@hotmail.com)
quinta-feira, outubro 30, 2003
quarta-feira, outubro 29, 2003
28 (No Metro entre as 5 e as 6)
Quero ser a ceara protegida do vento. Para quê sentir? Mais vale pensar que o não faço, esquecer por quem sinto, e ser, enquanto assim faço, quase feliz.
27 (Módulo de Informática 2)
O que é a idade mais que um mero rótulo sem sentido? Chamaste-me puto, foi escusado. Tens mais rugas, mas o que me torna inferior? O que sou resulta não dos anos acumulados mas do que neles acumulei; e isso tu não vês...
terça-feira, outubro 28, 2003
26 (epitáfio)
Conheci-te. Obrigado por seres sincera.
Imagem - "Do que não sei ao que agora tenho"
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Imagem - "Do que não sei ao que agora tenho"
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segunda-feira, outubro 27, 2003
domingo, outubro 26, 2003
23 (Precocemente)
Dei-te a entender cedo de mais. Era inevitável o que aconteceu. Depois de pagarmos, de nos despedirmos, deixámos o confessionário barulhento. Ficaste no meu espaço a ler aquilo que teu é; ouviste tudo o que até ti me leva. Incomodada quiseste partir.
22 (Despertar)
Acabei de acordar, acabei o sonho que queria. Por tão pouco tive o que nunca me vais dar, fui feliz.
O dia, desta vez não chuvoso, traz consigo a chuva que sobre nós não caiu.
O dia, desta vez não chuvoso, traz consigo a chuva que sobre nós não caiu.
21 (Resumo de uma noite)
Era bom de mais para ser verdade; até tinha deixado de chover. Depois de entrarmos perguntou o que já sabia. Fui sincero, disse que sim. Sinceramente disse que não. Mais uma que não quis nada; e assim se faz a regra...
sábado, outubro 25, 2003
20 (A Espera)
Chove. Dizem que ha cheias. Eu, indif'rente, só me preocupo com Mercúrio: ainda não voltou de tua casa.
quinta-feira, outubro 23, 2003
quarta-feira, outubro 22, 2003
18 (Tudo começa e acaba com Mozart)
"The good die young" escreveu Tupac Shakur.
Ele era enorme; morreu cedissímo. Ouviste a sua última sinfonia-prelúdio de um fim injusto. Sorriste, gostaste. Quantas mais há como tu? Júpiter? Nem marte está ao alcance do comum. Não o és. Sorrio; sorrio e choro por isso: sei que mais cedo ou mais tarde acabarei fixado em ti e que, como das outras vezes, não terei o que quero. Sofrerei, consciente, já longe de ti.
Imperceptíveis estas linhas tortas são o prelúdio do fim, não de mim, mas de tudo o que não existiria. (Nas seguintes, só vem o nada).
Ele era enorme; morreu cedissímo. Ouviste a sua última sinfonia-prelúdio de um fim injusto. Sorriste, gostaste. Quantas mais há como tu? Júpiter? Nem marte está ao alcance do comum. Não o és. Sorrio; sorrio e choro por isso: sei que mais cedo ou mais tarde acabarei fixado em ti e que, como das outras vezes, não terei o que quero. Sofrerei, consciente, já longe de ti.
Imperceptíveis estas linhas tortas são o prelúdio do fim, não de mim, mas de tudo o que não existiria. (Nas seguintes, só vem o nada).
15 (Tu I)
As palavras
infinitas
Não chegam para te cobrir.
Tão laranja
Não te misturas
E és tu que seguras
O mundo que criei!
infinitas
Não chegam para te cobrir.
Tão laranja
Não te misturas
E és tu que seguras
O mundo que criei!
16 (Tu II)
Cerco-te.
Toco-te por vezes,
Mas uma palavra não chega.
Não percebes;
Indiferente
Não vês o que te rodeia!
Toco-te por vezes,
Mas uma palavra não chega.
Não percebes;
Indiferente
Não vês o que te rodeia!
terça-feira, outubro 21, 2003
14
É in gostar-se de alguém. Sou out, não gosto e ,se gosto, digo que não!
Nâo tenho amor próprio, como posso exigir que alguém me ame? Se me interesso, afasto-me. Custa, mas poupo na dor que, incerto, sei que terei.
Nâo tenho amor próprio, como posso exigir que alguém me ame? Se me interesso, afasto-me. Custa, mas poupo na dor que, incerto, sei que terei.
13 (Cálculo I)
Sabe-se à partida que uma progressão geométrica cujo módulo da razão é menor que um é convergente ( tenderá p'ra um limite). A minha vida, tão abstracta, à medida que os dias se acumulam só se aproxima do vazio.
segunda-feira, outubro 20, 2003
11 (Teórica de História)
Falas de máquinas, de revoluções, de um chinfrim monocórdico que só tu vives. Nós, embalados, nem com a força do vapor entramos no teu mundo. A história tem um peso que só a idade suporta.
10 (Uma tarde)
Numa altura em que não existia disse-o e não o repeti. Só ouvias a cidade, o resto, por mais sincero que fosse, era-te indiferente. .
9 (Introdução à Micro)
O imposto, segundo as ciências económicas, implica uma redução do desempenho. Se lhe dermos outro nome também se aplica à vida.
8 (Resumo de um fim-de-semana)
João Miguel Silva considera-se "ridículo" por "somar a não o nada". Eu faço as mesmas contas e ainda multiplico o vazio que, por ser absorvente, torna tudo mais fácil.
sexta-feira, outubro 17, 2003
7 (módulo das duas)
Falavas um inglês binário, ridículo apoiado em pixels anónimos. Eras minúsculo, nós tínhamos o mundo, mas o muro proibía-te a vida.
6 ("Revoluçao" por Ashton)
Falam de história;
Ouço música.
Não quero saber de estatísticas.
(Somos vítimas do conhecimento).
Tudo lento,
quase não passa...
Mil e uma sinfonias
ao compasso de um ponteiro.
E no salto derradeiro
Já ressaco de som
Ouço música.
Não quero saber de estatísticas.
(Somos vítimas do conhecimento).
Tudo lento,
quase não passa...
Mil e uma sinfonias
ao compasso de um ponteiro.
E no salto derradeiro
Já ressaco de som
5
Parti. No caminho oxidável, o que ao ar deste estava em mim. Lembrei-me do que o Barros uma vez me disse. Sorri. Era verdade. "Há nadas que são tudo".
quinta-feira, outubro 16, 2003
3
Sem ti esta ilha de betão que agora habito era só mais uma qualquer. O monótono, o vácuo, todo o resto moderno diluiem-se num sorriso que ecoa "Júpiter" de quem Deus ama.
quarta-feira, outubro 15, 2003
2
Cheguei há pouco tempo; ainda me são vagos os corredores que te pertencem.
Vi-te no segundo dia. As verdes orelhas e a tinta diluiram-se no sorriso que, não sabendo, me deste. Chamaste-me p'lo nome que leste e eu fui. De perto, a tua cara já não me era nova. Falei-te mas a trela encurtou cedo.
Encontrámo-nos de novo. Só duas das vezes sabendo, o resto só por acaso. Numa das vezes falaste de Amadeus e fui eu quem sorriu, tendo, de fundo, o que ecoavas com o prazo de um dia.
Era "Júpiter" que ouvíamos: um fim que era um começo.
Vi-te no segundo dia. As verdes orelhas e a tinta diluiram-se no sorriso que, não sabendo, me deste. Chamaste-me p'lo nome que leste e eu fui. De perto, a tua cara já não me era nova. Falei-te mas a trela encurtou cedo.
Encontrámo-nos de novo. Só duas das vezes sabendo, o resto só por acaso. Numa das vezes falaste de Amadeus e fui eu quem sorriu, tendo, de fundo, o que ecoavas com o prazo de um dia.
Era "Júpiter" que ouvíamos: um fim que era um começo.
0
Escrevo pouco. A vontade é muita, porém, tal como a Bernardo Soares, "o meu instinto de perfeição inibe-me". Às vezes escapo-lhe e, escrevendo só por escrever, acumulo linhas cujo conteúdo não me interessa por saber, à partida, que não tem interesse nenhum. Hoje é um desses dias; a vontade foi superior ao instinto e é aqui que o manifesto. Este blog não é mais que o resultado da minha "cobardia".
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